São Paulo, Brasil - Nota-se cada vez mais avanços tecnológicos e as técnicas de cibercrimes se aperfeiçoam à mesma medida. Uma das preocupações tem sido o roubo de identidades online e as crianças podem ser as mais vulneráveis. De acordo com a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos, os cibercriminosos muitas vezes têm como alvo as crianças, aproveitando-se de seu histórico de crédito impecável e da possibilidade do roubo passar despercebido por um longo tempo. Um cibercriminoso pode se aproveitar da identidade de uma criança para abrir linhas de crédito, solicitar empréstimos ou acumular dívidas substanciais, comprometendo sua classificação de crédito e prejudicando sua capacidade de obter financiamentos ou hipotecas na vida adulta. Além disso, o criminoso pode usar a identidade furtada para cometer atos ilícitos, resultando em um registro criminal em nome da criança.
A ESET, empresa líder na detecção proativa de ameaças, adverte que isto pode levar a dificuldades financeiras para as crianças no futuro, e recomenda ações para que os pais e tutores assumam o papel de protetores contra o roubo de identidade e fraude contra os menores.
E como se proteger? Existem medidas que podem ser tomadas para garantir a proteção tanto do mundo online como das identidades das crianças. Veja abaixo seis recomendações da ESET para manter menores de idade seguros:
- Manter as cópias de documentos importantes em pastas confiáveis:certifique-se de que documentos confidenciais, como certidões de nascimento e cartões de saúde dos menores, sejam protegidos com senha. Além disso, tenha cuidado ao fornecer os seus dados pessoais e compartilhe apenas quando for absolutamente necessário e com entidades sérias.
- Converse com as crianças:fale com os pequenos sobre segurança digital, chame atenção para que elas saibam a importância da privacidade e os riscos do compartilhamento de informações pessoais. Isto inclui ter boas maneiras online, saber identificar esquemas de phishing e compreender os perigos de participar em conversas com estranhos.
- Monitore a navegação na Internet: fique atento em como as crianças utilizam a Internet e, principalmente, com o que publicam nas redes. Defina travas de privacidade adequadas nas redes sociais para protegê-las.
- Verifique o crédito das crianças: crianças não devem ter um cartão de crédito, exceto se tiver sido aberta uma conta em seu nome. Verifique periodicamente os extratos de crédito das crianças para se certificar de que não existem contas fraudulentas.
- Softwares de segurança: garanta que os dispositivos estão protegidos com software de segurança confiável, incluindo atualizações regulares, para a proteção contra novas ameaças.
- Controles parentais:para as crianças mais pequenas, também pode ser utilizada uma solução de controle parental em dispositivos e aplicativos para manter as informações protegidas.
"Embora as crianças possam ter conhecimentos de tecnologia, sua inocência torna-as vulneráveis a serem alvo de criminosos online. Tal como as ensinamos a amarrar os sapatos, temos de as ensinar a proteger a identidade online. Conversar com elas sobre a diferença entre informação pública e privada, e quais dados evitar expor nas redes, é um bom hábito a ser adquirido e, por sua vez, cria um espaço de confiança que permitirá que elas nos contam quando se depararem com uma situação nova ou complicada online", diz Camilo Gutiérrez Amaya, Chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET América Latina.
Através da iniciativa Digipais, a ESET auxilia famílias e educadores no acompanhamento das crianças na internet e explora os efeitos do roubo de identidade de crianças e propõe uma abordagem preventiva. O Digipais é uma iniciativa promovida pelo SaferKidsOnline da ESET que fornece materiais para o processo de aprendizagem, diálogo e supervisão com o objetivo de proporcionar os conhecimentos necessários para ajudar as crianças na utilização das novas tecnologias. Para mais informações sobre os perigos que as crianças enfrentam online.