O que é um firewall e por que ele continua sendo útil?

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Christian Ali Bravo

Essa camada de proteção funciona como uma barreira de segurança que verifica o tráfego de dados entre seu dispositivo e a internet, filtrando desde tentativas de intrusão até infecções por malware.

Para compreender alguns conceitos do mundo digital, às vezes é útil recorrer a analogias com situações do dia a dia.

No caso do firewall, podemos compará-lo ao controle de imigração em um aeroporto, responsável por verificar quem entra e sai do país, além de garantir que não sejam transportados itens perigosos. Da mesma forma, o firewall atua em seus dispositivos e redes, controlando as conexões de entrada e saída para evitar ameaças como vírus ou acessos maliciosos.

Neste post, vamos aprofundar o que é um firewall, como ele funciona e quais são os benefícios de contar com essa camada de proteção.

 

O que é o firewall?

Podemos definir de forma resumida o firewall como uma barreira de segurança que controla o tráfego de dados entre um dispositivo ou rede e a internet.

Em um nível mais técnico, trata-se de um sistema baseado em software ou hardware que atua como uma porta de segurança entre redes confiáveis e redes não seguras. E como ele faz isso? Filtrando todo o conteúdo ou comunicação considerada nociva ou potencialmente indesejada.

Sua função, portanto, é bloquear acessos não autorizados e permitir apenas conexões seguras. Em outras palavras, funciona como um filtro que protege as informações contra ameaças externas, intrusões maliciosas ou malware.

Daí o termo “firewall”, que originalmente se refere a uma estrutura projetada para conter o fogo em um espaço fechado, dificultando sua propagação e reduzindo seus efeitos prejudiciais sobre pessoas e propriedades.

 

Como funciona o firewall?

Conforme mencionamos na introdução de forma simples e clara, um firewall atua como um filtro do tráfego de rede.

Isso significa que ele verifica tudo o que entra e sai de uma rede ou dispositivo em relação às conexões de entrada e saída, e então decide o que permitir ou bloquear com base em regras predefinidas.

Essas regras podem estar relacionadas a diferentes critérios, como:

  • Endereço IP: pode permitir ou bloquear conexões de determinadas localizações.
  • Porta: controla o acesso a serviços específicos (navegação na web, e-mail etc.).
  • Protocolo: define quais tipos de tráfego são aceitáveis (HTTPS, HTTP, FTP etc.).
  • Aplicações: pode restringir ou liberar o uso de certos programas que se conectam à internet.

Dessa forma, o firewall permite o tráfego seguro e confiável, ao mesmo tempo em que bloqueia o que possa parecer suspeito, malicioso ou não autorizado, como por exemplo:

 

Quais tipos de firewalls existem?

Embora existam diversos tipos de firewalls, cada um com uma abordagem específica para filtrar o tráfego, a seguir destacamos três que você precisa conhecer para proteger suas conexões, seja em casa ou em uma empresa.

Firewall de hardware - É um firewall instalado em um dispositivo físico dedicado, de forma que todos os equipamentos conectados a ele fiquem protegidos. Esse tipo de firewall verifica o tráfego de entrada e saída e é utilizado principalmente em ambientes corporativos ou redes mais complexas que precisam proteger vários dispositivos ao mesmo tempo.

Algumas de suas vantagens são:

  • Permite configurar condições de rede específicas.
  • Protege os dispositivos sem consumir recursos dos computadores ou servidores.
  • Centraliza a supervisão de dados em um único equipamento.

Firewall de software - É o tipo de firewall que já vem incluso no sistema operacional ou pode ser instalado posteriormente. A grande diferença em relação ao firewall de hardware é que ele não protege uma rede inteira, mas sim o dispositivo no qual está instalado. Por isso, é bastante útil como complemento ao firewall de hardware, funcionando como uma segunda camada de proteção para computadores individuais.

Uma vantagem desse modelo é que, além de controlar o tráfego externo, ele também permite supervisionar quais programas do seu dispositivo podem acessar a internet.

Firewall baseado na nuvem - Como o próprio nome sugere, protege ativos na nuvem: aplicações de software como serviço (SaaS), infraestrutura como serviço (IaaS) e plataforma como serviço (PaaS).

Não exige a instalação de hardware ou software adicional, já que utiliza aplicações em nuvem para monitorar o tráfego, e pode estender a proteção a servidores locais e dispositivos de trabalho remoto. Por isso, é especialmente vantajoso para empresas com operações remotas ou serviços hospedados em nuvem.

 

Por que o firewall é útil?

Não há dúvida de que contar com um firewall garante um nível de segurança muito maior, já que ele atua como uma barreira contra o tráfego de dados maliciosos, tanto de entrada quanto de saída. Porém, deve ser entendido como mais uma camada dentro de uma estratégia integral de proteção para seus dispositivos e rede, junto a uma solução robusta de segurança e às boas práticas digitais.

Como destacamos, ele funciona como uma barreira de segurança entre seu dispositivo/rede e a internet, filtrando o tráfego que entra e sai, para bloquear o que é perigoso ou não autorizado. Dessa forma, não apenas seus dados pessoais ficam protegidos, como também são evitadas invasões, roubos de informação e infecções por vírus ou softwares maliciosos.

Soluções de segurança como as da ESET já contam com essa ferramenta incorporada em todos os seus planos, protegendo automaticamente seu dispositivo contra tráfego de rede malicioso e bloqueando ameaças detectadas por padrões de tráfego perigosos. Inclusive, oferecem quatro modos diferentes de firewall, entre os quais é possível escolher, de acordo com o nível de restrição desejado.