10 motivos pelos quais caímos em golpes

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São Paulo, Brasil – O Brasil está entre os 10 países do mundo que mais são vítimas de fraudes digitais. Sabendo disso, a ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, explica por que continuamos caindo nessas táticas e compartilha dicas para evitar cair nas armadilhas.

“Os golpes estão se tornando cada vez mais sofisticados e nenhum de nós está imune a todos os vários esquemas de fraude na Internet que provaram ter seu poder”, explica Camilo Gutiérrez Amaya, chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET na América Latina.

Veja abaixo algumas das razões pelas quais os diversos truques e métodos de engenharia social são tão efetivos:

1-     O conhecimento acumulado compensa: muitos dos esquemas de golpes que circulam atualmente existem há muito tempo, então há um tipo de conhecimento cumulativo que é passado para a “próxima geração” de golpistas. As técnicas que geralmente funcionam são meticulosamente construídas, e muitos e-mails de phishing por aí hoje são bem projetados para que menos pessoas percebam algo suspeito, pelo menos à primeira vista.

2-     As “pegadas digitais” que deixamos na Internet são usadas contra nós: alguns golpistas se aproveitam de todos os dados disponíveis e aparentemente inofensivos que existem sobre nós. Por exemplo, as informações que são publicadas nas redes sociais e que são monitoradas por criminosos para serem usadas contra nós. É importante ter cuidado ao interagir na internet e evitar expor demais, pois quanto maior o uso das plataformas digitais, maiores são as chances de estranhos saberem muito sobre nós; o que se traduz em mais chances de ser enganado.

3-     Os golpistas são bons em contar histórias: muitos criam histórias altamente confiáveis ​​que nem sempre acionam sinais de alerta em nós. E nessa linha eles se movem rapidamente para tentar aproveitar os eventos atuais que atraem o interesse de uma grande massa de pessoas para tirar proveito dessa situação, aproveitando-se inclusive dos medos que cercam emergências públicas como a COVID-19.

4-     Senso de urgência: os golpistas tentam manipular as vítimas em potencial para convencê-las de que precisam agir agora, já que não querem que elas pensem sobre as coisas. Um prêmio será “uma oferta por tempo limitado” e uma fatura deverá ser “paga no mesmo dia”, para citar apenas alguns exemplos em que é feita uma tentativa de transmitir um senso de urgência para a vítima tomar uma decisão rápida. Isso faz com que as pessoas cliquem em um link ou arquivo sem parar para pensar e/ou verificar se a mensagem é legítima.

5-     Todo mundo gosta de coisas grátis: aproveitando as dificuldades financeiras ou simplesmente o desejo de uma oportunidade única na vida de obter dinheiro fácil, muitos esquemas começam oferecendo presentes falsos ou envolvem promessas de retornos de investimento altíssimos.

6-     Ser programado para obedecer à autoridade: os usuários tendem a confiar naqueles em posições de autoridade. Os golpistas costumam se passar por pessoas que têm algum cargo relevante, como um representante do governo, um advogado, um executivo de uma empresa ou um especialista em um campo específico.

7-     Estar distraído: os golpes estão se tornando mais comuns e pode acontecer que alguém tente um golpe em um dia em que você esteja doente, cansado ou vulnerável. Quanto mais preocupado você estiver com alguma coisa, maior a probabilidade de prestar menos atenção aos detalhes, abrindo a porta para riscos potenciais. Os fraudadores são especialistas e podem até perceber e explorar nossas vulnerabilidades.

8-     Os fraudadores estão focados: os criminosos sabem quais são as respostas mais comuns que costumamos dar quando tentam nos enganar e se antecipam ao discurso.

9-     A vontade de ajudar: manobras que envolvem pedidos de ajuda criam empatia com o golpista ou com as pessoas que o golpista afirma representar. Por exemplo, histórias de tragédias pessoais ou emergências públicas ainda são eficazes. Mesmo que você suspeite que isso não seja verdade, você ainda está disposto a ajudar "apenas no caso". Isso foi observado recentemente pela ESET com os boatos que começaram a circular no início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, onde golpistas lançaram diferentes tipos de campanhas se passando por organizações humanitárias ou vítimas do conflito.

10-  Os golpistas têm “empatia”: ao interagir, por exemplo, com um golpista à espreita em sites e aplicativos de namoro, geralmente por meio de mensagens, eles irão tentar ganhar sua confiança e entender até onde podem para conseguir alguma vantagem.

Nesse sentido, a ESET compartilha algumas dicas para saber o que fazer se você cair em um golpe:

●       Denunciar o golpe às autoridades competentes.

●       Falar com a área de suporte caso sofra um golpe nas redes sociais.

●       Se for em uma plataforma de compras, é possível entrar em contato com o provedor de serviços para denunciar a armadilha e pedir ajuda.

●       Se houver dinheiro envolvido, é importante ligar para o banco e informar que foi vítima de um golpe. Isso é especialmente útil quando se trata de recuperar dinheiro perdido ou impedir que dados roubados sejam usados.

●       Não fazer nenhum pagamento para ganhar um prêmio.

●       Se receber uma proposta de ganhos financeiros futuros na bolsa de valores ou projeto de criptomoedas, não é recomendado pagar os “impostos” relativos à transação antecipadamente.

●       Alterar todas as senhas caso o golpista tenha os dados pessoais.

●       Verificar periodicamente as configurações de privacidade nas redes sociais e limitar quem pode marcar em fotos e comentários.

“Finalmente, nunca assuma que você não pode ser vítima de um golpe. Ser vítima de fraude é algo que pode acontecer a qualquer um, independentemente de quão conhecedor de tecnologia seja”, conclui Gutiérrez Amaya, da ESET.

Para saber mais sobre segurança do computador, visite o portal de notícias da ESET: https://www.welivesecurity.com/br/2022/05/17/10-razoes-pelas-quais-tendemos-a-cair-em-golpes/